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  • The Internet Journal of Anesthesiology
  • Volume 12
  • Number 1

Original Article

Anestesia e Condutas em Pacientes com Doenças Hepáticas durante a Gravidez: Uma Rotina de Avaliação

M Momen

Citation

M Momen. Anestesia e Condutas em Pacientes com Doenças Hepáticas durante a Gravidez: Uma Rotina de Avaliação. The Internet Journal of Anesthesiology. 2006 Volume 12 Number 1.

Abstract
 

Alterações Fisiológicas Hepáticas Periparto ( )

  • Uma redução das proteínas totais, assim como a albumina.

  • Um aumento nos fatores de coagulação dependentes do fígado, como fibrinogênio.

  • Um aumento na fosfatase alcalina de 3-4 vezes secundário à fosfatase alcalina placentária.

  • Níveis normais de bilirrubina e transaminases. Portanto, em qualquer aumento na dosagem de bilirrubina e transaminases há a possibilidade de doença hepática induzida pela gravidez.

Colestase Intra-Hepática da Gravidez ( ,):

  • Incidência 0.01%.

  • Principalmente no terceiro trimestre.

  • Prurido isolado ocorre em 80 por cento.

  • Icterícia se desenvolve em 20 por cento.

  • Alterações laboratoriais incluem níveis de bilirrubina menores que 5mg/dl, mínima ou nenhuma alteração nas transaminases.

  • Esteatorréia infreqüente, leve a moderada.

  • A doença é rara em pacientes negras.

  • História familiar presente e importante.

  • Recorrência alta nas gestações subseqüentes 60-70%.

  • Falta de uso de anticoncepcionais orais.

  • Gestação pré-termo em 20%, presença de mecônio em 25%. Incidência de sofrimento fetal e morte são altas se o parto não for realizado precocemente (parto em 38 semanas se prurido e em 36 semanas, no caso de icterícia).

  • Várias medicações têm sido utilizadas no tratamento da colestase da gravidez. Vitamina K parenteral; ácido ursodeoxicólico 15mg/kg; colestiramina (Questran) que se liga aos sais biliares; dexametasona.

  • O prurido regride em dois dias após o parto e os níveis de bilirrubina de 4-6 semanas.

  • Implicações na anestesia: conferir o coagulograma, administrar vitamina K intravenosa, tomar cuidado com a alta incidência de sofrimento fetal, presença de mecônio e prematuridade (neonatologista deve providenciar uma incubadora).

Pré-Eclâmpsia & Eclâmpsia ( ):

  • Em torno de 25% das pacientes com pré-eclâmpsia severa, com PA diastólica >110 mmHg , proteinúria >5 g/dia e apresentando lesões de órgãos-alvo e 90% daquelas com eclâmpsia vão apresentar níveis elevados de transaminases > 5 vezes e bilirrubina < 5 mg/dl.

  • Se não houver nenhum outro critério de HELLP síndrome associado, por exemplo, plaquetopenia e hemólise, nós administramos dexametasona profilática 8mg/12hrs, além de sulfato de magnésio, anti-hipertensivos e albumina 20% /50ml/dia.

  • Implicações na anestesia: analgesia epidural de parto para reduzir a resposta ao estresse; corrigir o RNI <1.5; intubação difícil devido ao edema, tubos de diâmetro pequeno 6-7 mm; analgesia adequada; restrição de fluidos. Continuar as medicações no CTI no período pós-operatório.

HELLP Síndrome ( ):

  • Lesão de múltiplos órgãos no período periparto associada à eclâmpsia, ou não, resulta de uma super-agregação plaquetária com isquemia terminal de órgãos, congestão e deposição em uma rede de fibrina de hemácias e plaquetas hemolisadas aprisionadas; hemólise; enzimas hepáticas aumentadas plaquetopenia.

  • O diagnóstico pode ser confirmado por náuseas, vômitos, cefaléia e dor no abdômen superior, os melhores marcadores para acompanhar são os níveis de lactato dehidrogenase e a contagem de plaquetas.

  • A administração perinatal de dexametasona (Decadron) em uma alta dosagem de 10 mg intravenoso a cada 12 horas tem demonstrado uma melhora significativa nas alterações laboratoriais associadas à HELLP síndrome.

  • Dexametasona deve ser continuada até que a função hepática tenha melhorado e a contagem de plaquetas esteja superior a 100,000. Sulfato de magnésio deve ser administrado para prevenir convulsões.

  • Terapia anti-hipertensiva, se a pressão arterial estiver maior que 160/110 mHg, apesar do uso de sulfato de magnésio.

  • Anestesiar como pré-eclâmpsia severa, mas evitar trauma hepático, administrar vit. K se INR >1.5, plasma fresco 4-6 unidades se INR >2, plaquetas 6-8 unidades se a contagem de plaquetas <50.000.

Figure 1
Fígado 1: congesto na HELLP síndrome

Esteatose Hepática Aguda da Gravidez ( ):

  • Desenvolve-se no terceiro trimestre e normalmente é associada à pré-eclâmpsia.

  • É uma condição rara, porém, fatal, com uma taxa de mortalidade materna de 18 por cento e fetal de 23 por cento.

  • Anorexia, náusea, vômitos, dor abdominal, icterícia de rápido desenvolvimento, cefaléia e coma, distúrbio de coagulação e insuficiência hepato-renal.

  • O diagnóstico realizado através da biópsia hepática revela uma infiltração gordurosa intensa de todos os hepatócitos, com uma notável alteração da arquitetura lobular. A fosfatase alcalina vai estar um pouco elevada. A bilirrubina, significativamente elevada.

  • Elevações moderadas dos níveis de transaminases (menor que 1,000 IU por L), prolongamento do tempo de protrombina e tempo parcial de tromboplastina, fibrinogênio reduzido, falência renal, hipoglicemia profunda e bilirrubina >20mg/dl.

  • O tratamento é a administração imediata de dexametasona 8 mg/12hr.

  • Anestesia geral devido à coagulopatia, plasma fresco 4-6 unidades se INR >2 & fibrinogênio <100mg; infusão de glicose 10%; monitorização da glicemia; manter PVC >8 cmH2O com manitol 20% 1 gm/kg para evitar lesão tubular pelo urobilinogênio; albumina 20% 100mg/dia.

Ruptura e Infarto Hepático ( ):

  • Mães multíparas com mais idade e com pré-eclâmpsia (75 a 85 por cento) são de alto risco.

  • Extremamente raro, 1:40,000 a 1:250,000.

  • Evitar examinar o fígado ou qualquer trauma pela sonda do ultra-som.

  • Pacientes com ruptura hepática, tipicamente, se apresentam em choque, com uma dor prévia no quadrante superior, hipertensão, níveis aumentados de transaminases (maior que 1,000 IU por L) e coagulopatia.

  • Terapia para ruptura hepática inclui: transfusão de derivados do sangue e fluidos intravenosos, remoção cirúrgica e embolização arterial, com uma taxa de 75 por cento de mortalidade perinatal.

  • Infarto hepático se apresenta, tipicamente, com febre e aumento marcante nos níveis de transaminases. Nos pacientes sobreviventes, a função hepática e a avaliação histopatológica são normais seis meses após o parto.

Hiperêmese Gravídica (HEG) ( ):

  • Náuseas e vômitos fisiológicos no 1º trimestre, recusa em determinados alimentos, ausência de náuseas está mais associada a aborto.

  • HEG pode levar à desnutrição ou lesão de órgãos-alvo, por exemplo: oligúria, aumento de transaminases e bilirrubina.

  • Rehidratação + multivitaminas tratam a maioria das HEG.

  • Primperan 10mg/8hr ou Zofran 8mg/8hr.

  • Metilprednisolona 10mg/8hrs em casos severos.

  • Se for necessário, inserir uma sonda nasojejunal e alimentação enteral ou NPT.

  • Multivitaminas (tiamina B1) associada a fluidos ou NPT para evitar encefalopatia de Wernicke.

  • Lesão na área de Wernicke no encéfalo é causada pela deficiência de tiamina (Vitamina B1).

  • Alcoolismo crônico, HEG sem vitaminas.

  • Início agudo, nistagmo, olhar fixo, ataxia, confusão e coma.

  • Tratamento inclui injeção de tiamina (IV) ou (IM) 200-300 mg/dia.

Doenças Hepáticas Associadas à Gravidez ( )

Gravidez e Hepatite ( )

  • A hepatite viral aguda é a causa mais comum de icterícia na gravidez. A evolução não é alterada (A, B, C & D) ( 10 ), enquanto que a hepatite E e o herpes simplex vírus (HSV) apresentam uma evolução mais severa.

  • Alta incidência de aborto e morte fetal intra-uterina estão relacionadas à doença crônica hepática.

  • A terapia com interferon deve ser descontinuada durante a gravidez, pois seus efeitos no feto são desconhecidos.

  • A terapia com penicilamina (Cuprimine), trientina (Syprine), prednisona ou azatioprina (Imuran) na doença de Wilson ou hepatite auto-imune pode ser continuada com segurança.

Colelitíase na Gravidez ( ):

  • As alterações na composição da bile induzidas pela gravidez predispõem à colelitíase (6%).

  • Dor no hipocôndrio direito, náusea, vômitos.

  • Leucocitose, alteração leve a moderada de transaminases e bilirrubina.

  • A mesma apresentação que a HELLP síndrome pode ser distinguida pela ausência de pré-eclâmpsia e contagem normal de plaquetas.

  • Se houver obstrução do ducto biliar comum, CPGR com stent pode ser realizada, mesmo no 3º trimestre, com o avental de chumbo para proteger o abdômen.

  • O tratamento cirúrgico (p.e., colecistectomia laparoscópica) pode ser realizado com segurança no primeiro ou segundo trimestre, mas deve ser evitada no terceiro trimestre.

  • Pancreatite biliar é associada com amilase pancreática aumentada, 15% de mortalidade materna e 60 % de mortalidade fetal.

Translation - Tradução

Adriano Bechara de Souza Hobaika M.D.
Anesthesiologist of Santa Casa de Belo Horizonte, Brazil.
Member of the Brazilian Anesthesiology Society.

References

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Author Information

Magdy Momen, M.D.
Al-Azhar for Boys

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